Coluna Internacional : Trump: ataque de Israel ao Ir foi excelente e mais est por vir
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Enviado por alexandre em 13/06/2025 10:31:58 |
Trump: ataque de Israel ao Ir foi excelente e mais est por vir Foto: Reproduo 464e O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nesta sexta-feira (13) que o ataque israelense ao Ir foi "excelente" e alertou que h muito mais por vir, de acordo com entrevista ABC News. "Acho que foi excelente. Demos a eles uma chance e no aproveitaram. Eles foram atingidos com fora, muita fora. E h mais por vir. Muito mais", disse Trump, citado por um reprter da ABC no X. O presidente norte-americano pediu que o Ir faa um acordo sobre seu programa nuclear, dizendo que ainda h tempo para o pas evitar mais conflito com Israel. Veja tambm  Israel escala tenso no Oriente Mdio e bombardeia o Ir Embaixada celebra Dia dos Namorados com foto de Lula e Macron "J houve grande morte e destruio, mas ainda h tempo para que esse massacre, com os prximos ataques j planejados sendo ainda mais brutais, chegue ao fim", disse Trump em publicao no Truth Social. O presidente lembrou que deu ao Ir um ultimato de 60 dias para um acordo nuclear antes dos ataques de Israel, acrescentando que Teer agora tem uma segunda chance. "H dois meses, dei ao Ir um ultimato de 60 dias para 'fechar um acordo'. Eles deveriam ter feito isso! Hoje o 61 dia. Eu disse o que fazer, mas eles simplesmente no conseguiram. Agora tm, talvez, uma segunda chance!", afirmou Trump no Truth Social. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS noFacebook,Twittere noInstagram Entre no nosso Grupo deWhatApp,CanaleTelegram Israel lanou ataques contra o Ir na noite dessa quinta-feira (horrio de Braslia), dizendo que tinha como alvo instalaes nucleares, fbricas de msseis balsticos e comandantes militares, durante o incio de uma operao para impedir Teer de construir arma nuclear. Fonte:Agncia Brasil LEIA MAIS |
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Coluna Internacional : As respostas do Itamaraty s perguntas de deputada bolsonarista sobre Janja no Japo
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Enviado por alexandre em 12/06/2025 15:03:31 |
As respostas do Itamaraty s perguntas de deputada bolsonarista sobre Janja no Japo Foto: Reproduo 464e Em maro, a deputada federal Jlia Zanatta (PL-SC) apresentou um requerimento endereado ao chanceler Mauro Vieira pedindo informaes sobre a viagem antecipada de Janja ao Japo, uma semana antes da comitiva de Lula. As respostas do ministro chegaram na semana ada, e a parlamentar bolsonaristas apontou omisses referentes transparncia de agendas e despesas e dos critrios para seleo de acompanhantes da primeira-dama, entre outras questes. Ela questionou, por exemplo, qual foi o propsito oficial da ida de Janja ao Japo, se houve participao dela em compromissos diplomticos ou institucionais, como a viagem se alinha com as polticas pblicas e os interesses do Estado brasileiro e qual o seu papel em misses internacionais, considerando que ela no possui cargo formal no Poder Executivo. Veja tambm Putin refora que trade nuclear o que garante soberania da Rssia Respondeu o chefe do Itamaraty: "A viagem presidencial ao Japo insere-se no marco das comemoraes dos 130 anos das relaes diplomticas entre Brasil e Japo e refora os interesses estratgicos do Estado brasileiro em aprofundar a Parceria Estratgica Global com aquele pas, especialmente nas reas de comrcio, investimentos, meio ambiente, educao e inovao. A presena da senhora Rosngela Lula da Silva em misses internacionais cumpre funo de representao do Brasil em compromissos protocolares de alto nvel". O ofcio enviado Cmara aponta que a programao oficial da visita ao Japo previa expressamente atividades com a participao do casal imperial japons e do casal presidencial brasileiro, "conferindo carter simblico e diplomtico presena da Primeira-Dama". Diz ainda que essa participao "contribui para fortalecer os laos culturais e institucionais entre os dois pases, em consonncia com os objetivos da poltica externa brasileira". A deputada quis saber se a viagem foi custeada com recursos pblicos e solicitou especificao detalhada dos gastos, ao que o ministro respondeu que "no h registro de autorizao de recursos atinentes viagem objeto da consulta".Quase trs meses aps a visita, Vieira disse que o "ministrio no dispe, portanto, de informaes relativas aos referidos gastos". Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS noFacebook,Twittere noInstagram Entre no nosso Grupo deWhatApp,CanaleTelegram Perguntas sobre o critrio utilizado para a seleo da assessora que acompanhou Janja, a falta de divulgao prvia sobre os detalhes da viagem — que foi revelada pela imprensa — e se houve uso de aeronave da FAB para o deslocamento da primeira-dama ficaram sem resposta. Fonte: O Globo LEIA MAIS |
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Coluna Internacional : 'Perdi meu marido, minha casa, meus amigos', diz conselheira estudantil condenada por abuso sexual de aluno
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Enviado por alexandre em 11/06/2025 15:49:51 |
'Perdi meu marido, minha casa, meus amigos', diz conselheira estudantil condenada por abuso sexual de aluno Foto: Reproduo 464e Abusos cometidos por Emily Nutley ocorreram em diversas oportunidades na St. Xavier High School, tradicional colgio catlico de Ohio, EUA Uma conselheira estudantil que trabalhava numa escola catlica de elite para meninos em Cincinnati (Ohio, EUA) desabafou e foi s lgrimas aps ouvir na tera-feira (10/6) a sua sentena por ter abusado sexualmente de um aluno da St. Xavier High School. Emily Nutley, de 43 anos, foi condenada a trs anos de priso. "Penso todos os dias no impacto das minhas aes. Perdi meu marido, minha casa, meus amigos. Causei danos e constrangimentos aos meus filhos", disse Emily, cujo marido pediu o divrcio logo aps o escndalo vir tona. Veja tambm  Israel decide deportar ativista Thiago vila que iniciou greve de fome Esfaqueado e inconsciente em casa: hospital atualiza quadro de sade de dirigente do Lyon A americana havia solicitado para cumprir sentena de liberdade condicional, mas o pedido foi rechaado pelo juiz que cuidou do caso.Consternada, Emily disse ao juiz que "no havia desculpa" para seu comportamento depravado, que inclua abuso sexual de adolescente vulnervel de 17 anos no escritrio dela na prestigiosa escola jesuta, onde ela deveria ajudar os alunos em maior risco. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS noFacebook,Twittere noInstagram Entre no nosso Grupo deWhatApp,CanaleTelegram "Eu cruzei uma linha que nunca deveria ter sido cruzada", disse a americana durante a audincia de sentena no Tribunal do condado de Hamilton. Emily abusou sexualmente do menor em diversas oportunidades, de acordo com documentos judiciais obtidos pela emissora WLWT. Fonte: Terra LEIA MAIS
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Coluna Internacional : Pesca industrial desenfreada e mudanas climticas pem Antrtida e equilbrio global em perigo, alerta relatrio
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Enviado por alexandre em 10/06/2025 09:53:41 |
Pesca industrial desenfreada e mudanas climticas pem Antrtida e equilbrio global em perigo, alerta relatrio Foto: Reproduo 464e Especialistas pressionam por uma reviso das protees ambientais do Oceano Antrtico e a reforma do rgo responsvel pela conservao da vida martima local Conhecida como a "ltima fronteira", a Antrtica pode parecer uma realidade remota, isolada por geleiras, tempestades e clima extremo. O continente, no entanto, est mais prximo do que se imagina, com ventos que influenciam o clima global e correntes martimas que alimentam todos os oceanos. Apesar do papel crucial que desempenha no equilbrio climtico da Terra, a Antrtida segue frequentemente negligenciada nas decises polticas globais, enquanto suas guas sofrem os impactos crescentes da pesca industrial e das mudanas climticas. Diante desse cenrio, cresce a presso por uma reviso das protees ambientais do Oceano Antrtico, como destaca o relatrio do grupo Defensores da Antrtica, divulgado nesta tera-feira durante a terceira Conferncia da ONU sobre os Oceanos (UNOC3), em Nice, na Frana. Um dos problemas mais conhecidos e urgentes, destaca o documento, a explorao predatria do krill, um pequeno crustceo marinho que a base da cadeia alimentar da fauna local, como pinguins, baleias, focas e aves marinhas — estima-se que cerca de 80 milhes de toneladas de krill sejam consumidas anualmente. Veja tambm  Kremlin: ''Ser o fim do mundo'', caso a Ucrnia retome territrios Rssia ameaa guerra nuclear em caso de tentativa da Ucrnia tentar reaver territrios Alvo crescente de pesca industrial — por ser uma fonte rica de leo mega-3 e pela sua utilizao em raes animais — a espcie tambm desempenha um papel central no ciclo do carbono, capturando-o da superfcie e contribuindo diretamente para a regulao climtica. Alguns estudos, cita o relatrio, sugerem que, sem a ao do krill, haveria 50% mais de CO na atmosfera. O cenrio se agrava quando se leva em conta que as embarcaes industriais altamente mecanizadas competem com os predadores naturais pelo krill, que, por sua vez, j enfrentam os efeitos combinados do aquecimento acelerado dos oceanos, acidificao da gua e derretimento do gelo marinho. — Estamos lidando com um sistema de mltiplos fatores de estresse. Quando falamos de pesca predatria e de todos os problemas reais que afetam o ecossistema como um todo, isso est diretamente relacionado aos problemas globais das mudanas climticas — explica o professor Ronaldo Christofoletti, presidente do Grupo de Especialistas em Cultura Ocenica da Unesco e pesquisador do Instituto do Mar da Universidade Federal de So Paulo (Unifesp). — Porque, se houver pesca excessiva e um sistema instvel na Antrtida, no teremos uma Antrtida saudvel. E, sem isso, o continente no conseguir cumprir adequadamente o papel que tem no equilbrio climtico. Para conter o estresse cumulativo sob o qual a fauna marinha antrtica est submetida, os cientistas e ambientalistas pedem tambm a ampliao da rede de reas Marinhas Protegidas (AMPs) na Pennsula Antrtica, uma das mais afetadas pelo aquecimento global e pela concentrao da pesca de krill. A criao e a gesto dessas reas dependem da Comisso para a Conservao dos Recursos Marinhos Vivos da Antrtida (CCAMLR), organismo internacional criado em 1982 com o objetivo de conservar a vida marinha antrtica. No entanto, desde ento, apenas duas AMPs foram estabelecidas por consenso, uma na Plataforma Meridional das Ilhas rcades do Sul, em 2009, com cerca de 94 mil km, e a do Mar de Ross, com 2,09 milhes de km — esta sendo a ltima aprovada, em 2016. Propostas de proteo para reas como o Mar de Weddell, o Leste da Antrtida e a prpria Pennsula Antrtica vm sendo barradas por alguns pases — notadamente Rssia e China — que exercem poder de veto e alegam falta de base cientfica ou impacto econmico excessivo sobre suas frotas pesqueiras. — Uma delas, por exemplo, a Zona 1, que corresponde rea da Pennsula [Antrtica]. Essa rea se destaca porque a pennsula se projeta, e as correntes acabam contornando essa regio. Alm disso, essa pennsula concentra muitos equipamentos de pesca, estando mais prxima devido dinmica das correntes e ao gelo, especialmente antes do inverno — explica o assessor de Polticas Ocenicas da Blue Marine Foundation, Maximiliano Bello. — A rea abriga grande parte da vida de diferentes aves e animais e foi proposta pelo Chile e pela Argentina. No entanto, apesar de ser uma das melhores propostas que j vi, tanto em termos de pesquisa quanto na organizao dos argumentos e na forma como foi elaborada, ela no foi adotada.Alm disso, sob a CCAMLR, havia um limite preventivo de 620 mil toneladas por ano para a pesca de krill, com suspenso da atividade ao atingir esse volume. No entanto, em 2024, a falta de consenso no rgo levou ao fim das regras que distribuam a pesca em quatro zonas, permitindo que toda a cota de pesca avance sobre regies ecologicamente sensveis. Segundo o relatrio, em 2025, dez superarrastes (grandes embarcaes) operavam de forma concentrada perto da Pennsula Antrtica, realizando pesca quase ininterrupta com apoio logstico que permite at 11 meses seguidos no mar. Em 2023, a Noruega liderou a pesca no Oceano Antrtico, respondendo por 67,2% da captura total, seguida pela China (17,1%), Coreia do Sul (8,4%), Chile (4,4%) e Ucrnia (2,8%). Alm do apelo para uma reforma na CCAMLR, o relatrio tambm pede que 30% das guas antrticas sejam protegidas at 2030, em linha com o Marco Global da Biodiversidade (meta 30x30). E nesse ponto, destaca Christofoletti, que o Brasil pode desempenhar um grande papel ao liderar a Conferncia da ONU para o Clima (COP30) neste ano, em Belm. Em discurso na abertura da UNOC3, o presidente Luiz Incio Lula da Silva afirmou que preciso convencer as lideranas a acreditar nas mudanas climticas e, sobretudo, a investir na educao sobre o tema. — Quem defende a Amaznia precisa ver a nossa COP30 — disse Lula.Apesar da distncia da Amaznia com a Antrtida, todos os sistemas esto conectados, como explica o professor Christofolloti. Isso porque o oceano absorve o calor da atmosfera de todo o globo, particularmente das reas tropicais. Ento, por meio das correntes ocenicas, o calor "desce" at a Antrtida, onde a temperatura mais baixa, e ento torna a circular, como um sistema do ar condicionado ou da geladeira. — Tudo o que acontece na Antrtida no fica na Antrtida. Acontece com todo mundo. Pode parecer longe, mas o motor deste oceano. Se perdermos esse motor, perdemos o motor da vida, basicamente — comenta Bello. Na segunda-feira, durante a abertura da UNOC3, o secretrio-geral da ONU, Antnio Guterres, alertou que "o fundo do mar no pode se tornar o Velho Oeste", fala entendida como referncia liberao da minerao em alto-mar anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, h um ms, desafiando a ONU e os alertas ambientais. — As guas profundas no esto venda, assim como a Groenlndia, a Antrtida e o alto-mar. uma loucura permitir prticas predatrias que alteram e destroem o fundo do mar e a biodiversidade — reiterou o presidente francs, Emmanuel Macron. Todos os alertas ecoam os dados mais recentes do Intergovernamental sobre Mudanas Climticas (IPCC) da ONU, segundo os quais a taxa de aquecimento dos oceanos mais que dobrou desde 1993. Em 2023 e 2024, as temperaturas mdias da superfcie do mar atingiram nveis recordes. A Antrtida, em particular, vem registrando um aumento mdio de 0,12C por dcada nos ltimos 40 anos, segundo estudos da istrao Meteorolgica da China (CMA). Alm disso, uma anlise do Instituto ClimaInfo divulgada na segunda-feira mostrou que os invernos dos dois ltimos anos registraram uma mnima histrica na extenso de gelo do continente. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS noFacebook,Twittere noInstagram Entre no nosso Grupo deWhatApp,CanaleTelegram — O oceano o corao deste planeta. de l que viemos, de l que vm os cus azuis, a atmosfera, tudo vem do oceano. E precisamos responder a isso tambm — finalizou Bello. A reprter viajou para Nice com a FGS Global, em parceria com a Iniciativa Ocenica da Bloomberg. Fonte: O Globo LEIA MAIS
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Coluna Internacional : Morre Conrad Shinn, primeiro piloto a pousar no Polo Sul, aos 102 anos
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Enviado por alexandre em 09/06/2025 15:25:07 |
Morre Conrad Shinn, primeiro piloto a pousar no Polo Sul, aos 102 anos Foto: Reproduo 464e Seu avio da Marinha permaneceu apenas 49 minutos no solo e precisou do impulso de pequenos foguetes para se desprender do gelo e decolar O tentente-comandante Conrad Shinn, piloto da Marinha que se tornou a primeira pessoa a pousar um avio no Polo Sul, em 31 de outubro de 1956 — ajudando a abrir a glida vastido da Antrtica pesquisa cientfica e a fortalecer os interesses estratgicos dos Estados Unidos durante a Guerra Fria — morreu aos 102 anos, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A morte aconteceu em 15 de maio, mas foi divulgada nesta semana. Sua filha, Connie Shinn, informou que ele faleceu em uma instituio de cuidados. At fevereiro, ele vivia em Pensacola, Flrida, desde sua aposentadoria em 1963. Durante a Segunda Guerra Mundial, Conrad Shinn — conhecido como Gus — transportava feridos de combate no Pacfico. Depois, foi designado para uma base area naval em Washington, D.C., mas transportar almirantes e amigos do presidente Harry S. Truman no saciava sua sede por aventura. Veja tambm  Israel intercepta barco com ativistas que tentava furar bloqueio a Gaza: 'Iate das selfies' est a caminho de casa, diz Exrcito Entra em vigor nesta segunda decreto com proibies de entrada nos EUA Quando um oficial executivo perguntou se ele queria ir para a Antrtica, Shinn disse “claro”, mesmo sabendo quase nada sobre o extremo sul do planeta. — Era apenas um lugar para ir — contou ele historiadora Dian Olson Belanger em um projeto de histria oral em 1999.Em 1946 e 1947, Shinn participou da misso de mapeamento fotogrfico da Antrtica na expedio chamada Operao Highjump. Ele retornou entre 1955 e 1958 em uma srie de expedies chamadas Operao Deep Freeze. Dessa vez, ele e outros seis marinheiros a bordo do avio tornaram-se as primeiras pessoas a pisar no Polo Sul em mais de quatro dcadas — e as primeiras a faz-lo por via area. O explorador noruegus Roald Amundsen chegou ao local em tren puxado por ces em 14 de dezembro de 1911, e seu desafortunado rival britnico, Robert Falcon Scott, chegou um ms depois, em 17 de janeiro de 1912, tendo viajado com trens motorizados, transporte puxado por ces e cavalos, alm de percorrer parte do trajeto a p (Scott e mais quatro membros de sua equipe morreram em condies extremas na viagem de volta). Shinn descrevia um bom piloto como algum confiante, mas que conhecia seus prprios limites. A segurana era uma preocupao primordial para ele, segundo sua famlia — s vezes, at em excesso. Sua filha Diane Shinn contou que, em 1973, ele a fez usar um capacete de motocicleta no carro enquanto a levava da faculdade em Greensboro, Carolina do Norte, at sua casa em Pensacola, especialmente preocupado com trechos de estradas de mo dupla. Ele tambm usava um capacete. — Parecia que estvamos em uma cabine de avio — disse Diane Shinn, rindo, em uma entrevista recente. A Operao Deep Freeze foi um esforo colaborativo entre 40 naes para realizar estudos cientficos desde o Polo Norte at o Polo Sul, incluindo massas de terra, oceanos e atmosfera no meio do caminho. Na Antrtica, a misso era estudar o clima, a atividade solar, a abundncia mineral, o campo magntico terrestre, geleiras e oceanos. Havia tambm preocupaes militares nos primeiros anos da era nuclear. Diante do temor de um possvel ataque sovitico aos Estados Unidos por um dos polos, os militares americanos no podiam “se dar ao luxo de perder a oportunidade de avaliar o continente antrtico como um posto estratgico em tempos de guerra”, escreveu o Contra-Almirante George J. Dufek sete meses antes de se juntar a Conrad Shinn como comandante da misso de pouso no Polo Sul. Em 31 de outubro de 1956, Shinn, Dufek e outros cinco marinheiros realizaram um voo de sete horas da Estao McMurdo, na Antrtica, at o Polo Sul, a bordo de um R4D-5L Skytrain — uma verso militar bimotor do avio comercial DC-3. A poltica interna afetou a definio de funes na misso extraordinria. Um capito a bordo, Douglas Cordiner, ficou to irritado por no ter sido nomeado copiloto que, mais tarde, jogou sua biblioteca sobre a Antrtica no mar, do convs de um navio na Nova Zelndia, contou Shinn na entrevista histrica. O R4D, apelidado Que Sera Sera — “O que tiver de ser, ser”, em referncia cano popular da poca —, estava equipado com esquis no trem de pouso e foi acompanhado por um cargueiro C-124 Globemaster da Fora Area, que sobrevoava a rea. Maurice Cutler, ento um correspondente de 18 anos da United Press na Austrlia, juntou-se a outros reprteres no avio cargueiro, que possua rodas, mas no esquis. Ele contou, em entrevista, que paletes com equipamentos de sobrevivncia seriam lanados por ar caso o avio de Shinn no conseguisse decolar do Polo. O pouso, fotografado do alto por Cutler, no foi excepcionalmente difcil. Shinn aterrissou s 20h34, sob luz solar contnua, sobre cordilheiras de gelo varridas pelo vento, em uma plancie desolada a quase 3 mil metros acima do nvel do mar. A temperatura era de -50C. Dufek hasteou a bandeira americana enquanto Shinn manteve os motores ligados. O avio permaneceu no solo por 49 minutos. Nesse tempo, os esquis congelaram no gelo. Na rarefeita atmosfera da calota polar, o avio, com 13 toneladas, no se moveu nem com os motores em plena potncia. “Ficamos sentados no gelo como um velho pato no brejo”, contou Shinn ao Museu Nacional da Aviao Naval. Para decolar, ele utilizou um sistema de propulso assistida por foguetes, disparando uma srie de pequenos propulsores presos fuselagem. Aps acionar os 15 foguetes, o avio conseguiu decolar. “Por pouco”, disse ele em entrevista por rdio um ou dois dias aps o voo. No final da vida, suas filhas contaram que, quando perguntado sobre ser o primeiro piloto a pousar um avio no Polo Sul, ele costumava responder: “E o primeiro a decolar tambm.”Conrad Selwyn Shinn nasceu em 12 de setembro de 1922, em Leaksville, Carolina do Norte, uma pequena cidade fabril que posteriormente se fundiu com outras duas. Seu pai, Thomas Pinkney Shinn, era secretrio em uma unidade local da YMCA. Sua me, Mattie Jane (Krimminger) Shinn, cuidava da casa. Conrad se interessou pela aviao inspirado pelas faanhas pioneiras de aviadores como Charles Lindbergh, que realizou o primeiro voo solo e sem escalas sobre o Atlntico em 1927, e Wiley Post, que fez o primeiro voo solo ao redor do mundo em 1933. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS noFacebook,Twittere noInstagram Entre no nosso Grupo deWhatApp,CanaleTelegram Shinn estudou engenharia aeronutica no North Carolina State College (hoje universidade), ingressou na Marinha em 1942 e, no ano seguinte, formou-se na escola de aviao e recebeu sua patente. Aps a guerra, casou-se com Gloria Roberson Carter, uma secretria jurdica, que faleceu em 2004. Alm das duas filhas, Shinn deixa um filho, David; uma irm, Jean Shinn Hart, de 90 anos; e um neto. Fonte: O Globo LEIA MAIS
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