O desmatamento na Amaznia durante o governo Bolsonaro atingiu a maior alta percentual num mandato presidencial desde o incio das medies por satlite do Prodes, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) referncia na medio.

Segundo dados do instituto calculados pelo Observatrio do Clima, durante o governo de Jair Bolsonaro houve um aumento de 59,5% da taxa de desmate no bioma.

O perodo leva em conta os quatro ltimos anos anteriores, ou seja, os governos Dilma e Temer.

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Segundo o OC, Bolsonaro superou at mesmo o aumento visto no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, quando o forte aquecimento da economia no incio do Plano Real causou o maior desmatamento da srie histrica, de 29 mil km, em 1995.

Durante a atual gesto, a mdia anual do desmate foi de 11.396 km, contra 7.145 km no perodo anterior (2015-2018).

"O regime Bolsonaro foi uma mquina de destruir florestas. Pegou o pas com uma taxa de 7.500 km2 de desmatamento na Amaznia e o est entregando com 11.500 km2. A nica boa notca do governo atual o seu fim", afirma Marcio Astrini, secretrio-executivo do Observatrio do Clima.

Nesta quarta-feira (30), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou a taxa de desmatamento entre agosto de 2021 e julho de 2022 na Amaznia: 11.568 km.

Apesar de a taxa apontar uma queda de 11% em relao ao perodo anterior, entidades ambientais destacam o tamanho do estrago da ltima gesto no combate degradao florestal.

"Nos quatro anos de governo Bolsonaro, 45.586 km de florestas foram destrudas - uma rea maior que a Holanda ou perto de 8 vezes a extenso do Distrito Federal. O desse ano equivale ao tamanho do Catar", afirma Mariana Napolitano, gerente de cincias do WWF-Brasil.
"Esse aumento no desmatamento resultado de um abandono do sistema de proteo ambiental, das florestas, do aumento da criminalidade e do enfraquecimento dos rgos ambientais. Por isso que urgente a retomada de mecanismos de comando e controle. O novo governo vai precisar de muitos esforos e recursos", acrescenta.

Marcelo Furtado, membro da Coalizo Brasil Clima, Florestas e Agricultura, tambm destaca que quem mais sai prejudicado com essa poltica ambiental o cidado brasileiro, que "perde o seu patrimnio ambiental. Tambm o meio ambiente, que perde a sua capacidade de gerar gua e controle climtico".

"Agora, a ateno deve ser no apenas para as aes que sero tomadas pelo novo governo, como tambm para o papel-chave que ser desempenhado pelo Congresso. As medidas para redao do desmatamento e a formulao de uma economia baseada na floresta em p am essencialmente pelo Legislativo", acrescenta.

Fonte: G1