No dia 19 de maio, celebrado o Dia Nacional de Combate Cefaleia, uma oportunidade para alertar a populao sobre um sintoma comum que, apesar de muitas vezes banalizado, pode indicar condies de sade mais graves. O risco maior quando a dor de cabea tratada ‘isolada’, sem a procura por orientao profissional de sade.

Segundo artigo publicado na Sociedade Brasileira de Cefaleia, estima-se que 95% das pessoas tm dor de cabea pelo menos uma vez na vida. Desse contingente, 70% das mulheres e 50% dos homens sofrem com o mal pelo menos uma vez ao ms.

“No raro, pessoas procuram as farmcias para tratar de dores de cabea ocasionais ou recorrentes. Em situaes espordicas, podem ser indicados medicamentos que no exigem receita, como analgsicos simples.

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No entanto, importante que o paciente esteja atento aos sinais de que o sintoma pode indicar algo mais srio”, afirma o farmacutico e supervisor tcnico da rede Santo Remdio, Jhonata Vasconcelos.

Segundo ele, o o facilitado a medicamentos analgsicos faz com que muitas pessoas tratem a dor apenas com automedicao, o que pode mascarar sintomas importantes.

“Embora os farmacuticos no possam realizar diagnsticos, eles desempenham um papel essencial no primeiro acolhimento, orientando sobre o uso adequado de medicamentos e alertando para os sinais de alerta que exigem uma avaliao mdica mais aprofundada”, destaca.

SINAIS

Existem diferentes tipos de cefaleia, sendo a mais comum a do tipo tensional — geralmente ligada tenso muscular e ao estresse. J a enxaqueca, mais incapacitante, pode vir acompanhada de nusea, sensibilidade luz e ao som, alm de alteraes visuais. Outros tipos, como a cefaleia em salvas, so menos frequentes, mas extremamente dolorosos e exigem acompanhamento mdico contnuo.

“Quando um paciente chega com queixa de dor de cabea, nossa orientao sempre considerar a frequncia, intensidade e caractersticas da dor, alm de investigar outros sintomas que possam estar associados, como nuseas ou alteraes visuais, que podem ser indicativos de condies mais graves”, diz Jhonata.

PREVENO

Alm de evitar a automedicao, os especialistas recomendam ateno aos hbitos do dia a dia. Dormir bem, manter uma alimentao equilibrada, praticar atividade fsica e evitar longos perodos diante de telas so atitudes que contribuem para a preveno das cefaleias.

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“O melhor ‘medicamento’ a preveno. O farmacutico pode orientar os pacientes sobre cuidados dirios que promovem o bem-estar e evitam sintomas recorrentes, alm de sugerir frmacos, como vitaminas e suplementos, que auxiliam no autocuidado e na manuteno da sade”, destaca o profissional de sade.

A exposio solar uma das principais fontes para obteno da vitamina D no organismo e responsvel por cerca de 80% a 90% da manuteno dos nveis dirios adequados sade. Esse nutriente sintetizado na pele, quando ocorre a exposio aos raios UVB e, em crianas e adultos, a exposio de mos, rosto e braos ao sol durante 10 a 15 minutos por dia o suficiente para ativar essa produo.

Porm, a quantidade de vitamina D produzida por essa exposio depende da hora do dia, do local onde a pessoa vive (incidncia dos raios solares) e da pigmentao da pele.

A vitamina D um nutriente essencial para o funcionamento adequado do organismo. Uma de suas funes mais importantes facilitar a absoro de clcio e fsforo no intestino, contribuindo para a sade ssea ao longo da vida. Alm disso, ela tambm tem impacto na sade imunolgica, presso arterial e bem-estar emocional.

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Dessa maneira, muito importante garantir a ingesto desse nutriente. “A absoro de vitamina D deve ser realizada durante todo o ano e, especialmente, em estaes mais amenas e frias, como o caso do outono e inverno”, afirma Jackeline Barbosa, vice-presidente da rea mdico-cientfica da Herbarium, indstria farmacutica de fitoterapia.

Com a chegada do outono, os dias escurecem mais cedo em funo da menor incidncia de raios solares, principalmente nas regies sul e sudeste, prejudicando a sntese orgnica dessa vitamina. Alm disso, as pessoas tendem a sair menos de casa, preferindo ficar em ambientes fechados e mais quentes. Por isso, essencial redobrar a ateno com os nveis de vitamina D para evitar a deficincia.

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Crianas e adolescentes que praticam pelo menos duas ou trs vezes por semana atividades ao ar livre geralmente sintetizam toda a vitamina D de que precisam. Em idosos, a capacidade de sintetizar o nutriente pela exposio luz solar encontra-se diminuda, pois a pele do idoso perde progressivamente sua eficincia na sntese da vitamina D.

Fonte: NSC Total

A falta crnica de sono um problema crescente de sade pblica e, em grandes estudos populacionais. Uma nova pesquisa revelou que poucas noites de sono insuficiente j so associadas a um risco aumentado de ataque cardaco, derrame e fibrilao atrial.

O estudo, liderado pela Universidade de Uppsala e publicado na revista Biomarker Research, analisou 16 jovens saudveis com peso normal. Todos tinham hbitos de sono saudveis. Os participantes aram um tempo em um laboratrio do sono, onde suas refeies e nveis de atividade foram rigorosamente controlados em duas sesses.

Em uma sesso, os participantes dormiram uma quantidade normal de sono por trs noites consecutivas, enquanto na outra sesso dormiram apenas cerca de quatro horas por noite. Em ambas as sesses, foram coletadas amostras de sangue pela manh e noite, aps exerccios de alta intensidade com durao de 30 minutos.

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Os pesquisadores mediram os nveis de cerca de 90 protenas no sangue e observaram que os nveis de muitas delas, associadas ao aumento da inflamao, aumentaram quando os participantes foram privados de sono.

Muitas dessas protenas j foram associadas a um risco aumentado de doenas cardiovasculares, como insuficincia cardaca e doena arterial coronariana.

"Muitos dos estudos maiores que foram feitos sobre a ligao entre a privao do sono e o risco de doenas cardiovasculares geralmente se concentraram em indivduos um pouco mais velhos que j apresentam um risco aumentado dessas doenas. por isso que foi interessante que os nveis dessas protenas aumentaram da mesma forma em indivduos mais jovens e previamente saudveis aps apenas algumas noites de privao de sono. Isso significa que importante enfatizar a importncia do sono para a sade cardiovascular, mesmo nos primeiros anos de vida”, explica Jonathan Cedernaes, mdico e docente da Universidade de Uppsala, que liderou o estudo.

EXERCCIOS FSICOS

O estudo mostrou que o exerccio fsico gerou uma resposta ligeiramente diferente aps a privao de sono. As protenas que podem ser associadas aos efeitos positivos do exerccio aumentaram, mesmo que a pessoa tenha dormido pouco.

"Com este estudo, aprimoramos nossa compreenso sobre o papel da quantidade de sono na sade cardiovascular. importante ressaltar que estudos tambm demonstraram que o exerccio fsico pode compensar pelo menos alguns dos efeitos negativos que a m qualidade do sono pode causar. Mas tambm importante observar que o exerccio no pode substituir as funes essenciais do sono", afirma Cedernaes.

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O pesquisador afirma que mais estudos so necessrios para investigar como esses efeitos podem diferir em mulheres, idosos, pacientes com doenas cardacas ou aqueles com padres de sono diferentes. E espera que esse estudo possa ajudar a desenvolver novas diretrizes sobre o sono, exerccios e outros fatores do estilo de vida.

Fonte: O Globo