Pirarucu produzido por tcnica de manejo classificado como orgnico, livre de contaminao (Foto: Idam/Divulgao)
Do ATUAL 256q3c
MANAUS – Com at 3 metros de comprimento, o pirarucu grande at no nome cientfico: Arapaima gigas – gigante da espcie Arapaima. Maior peixe da Amaznia, e tambm do mundo em gua doce, o pirarucu de manejo foi reconhecido pelo Mapa (Ministrio da Agricultura e Pecuria) como orgnico – sem utilizao de agrotxicos, fertilizantes e outros mtodos sintticos. Ou seja, super saudvel para consumo.
A classificao ocorre dez anos aps a reivindicao da categoria, informa a Opan (Operao Amaznia Nativa), uma organizao indgena de manejo do pirarucu. O rendimento da carne de 60% e o peixe cresce rapidamente em cativeiro, atingindo de 10 a 12 quilos em um ano
Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria), a cerificao como orgnico torna o pirarucu de manejo ainda mais valorizado no mercado consumidor.
O certificado concedido aps longo processo de anlise da produo que envolve entidades que trabalham diretamente com o pirarucu. Entre elas est o Coletivo do Pirarucu e a Org-AM (Comisso de Produo Orgnica do Amazonas).
Segundo o Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecurio e Florestal Sustentvel do Estado do Amazonas), em 2023 a produo de pirarucu foi de 13,6 toneladas no estado. Na regio de Mamirau, em Tef (a 526 quilmetros de Manaus), no mesmo ano, o resultado foi de 14.983 peixes produzidos de forma sustentvel.
“Essa certificao significa mais do que um selo. o reconhecimento das prticas que garantem a preservao da espcie e dos ecossistemas aquticos. Alm disso, abre portas para mercados que valorizam produtos sustentveis e de origem comprovada, possibilitando melhores preos, agregaes de valor e condies justas de comercializao. Ao mesmo tempo, a certificao contribui diretamente para a valorizao do pirarucu como um produto da bioeconomia, gerando renda com base no uso responsvel da biodiversidade amaznica”, diz Karen Alves, gerente de apoio aquicultura e pesca, do Idam.
Maior produo e consumo de pirarucu no Amazonas (Foto: Idam/Divulgao)
“Todo processo de certificao traz diferenciao e valorizao do produto, com impactos positivos no mercado e no o a polticas pblicas. Estamos aqui para apresentar o esforo de todos esses anos”, diz Bruna De Vita, diretora do Departamento de Polticas de Estmulo Bioeconomia da Secretaria Nacional de Bioeconomia do MMA (Ministrio do Meio Ambiente e Mudana do Clima).
A redao atualizada da norma, que ser oficializada via Portaria Interministerial, define os critrios para a certificao de produtos oriundos do extrativismo sustentvel e foi apresentada em audincia pblica realizada no ms de maio em Manaus na 13 Reunio do Coletivo do Pirarucu.
A normativa representa um marco histrico ao incluir produtos de origem animal entre aqueles elegveis certificao orgnica e est vinculada ao Ministrios da Agricultura e Pecuria, ao MPA (Ministrio da Pesca e Aquicultura) e MMA (Ministrio do Meio Ambiente e Mudana do Clima).
Histrico 6o2f4z
As discusses para a incluso do pirarucu na normativa n 17 (MAPA-MMA) de orgnico comearam em 2015 pela Asproc (Associao dos Produtores Rurais de Carauari), municpio a 1.676 quilmetros de Manaus. Em 2018, o tema ganhou fora com a apresentao de uma moo do Coletivo do Pirarucu reivindicando a incluso do pescado na normativa.
Desde ento, foram diversos os esforos na elaborao de propostas tcnicas, articulaes polticas, criao de um grupo de trabalho na Org-AM e um processo contnuo de mobilizao.
“So dez anos de discusso e insistncia para que essa normativa saia do papel. O mercado no resolve tudo, preciso incidir nas polticas pblicas. Nosso maior desafio tornar os produtos que geram conservao to rentveis quanto os que causam destruio”, disse Adevaldo Dias, presidente do MCM (Memorial Chico Mendes) e integrante do coletivo.
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Calor intenso afetar com mais frequncia crianas nascidas em 2020 (Foto: Antnio Cruz/Agncia Brasil)
Por Fabola Sinimb, da Agncia Brasil 3cz6i
BRASLIA – Crianas brasileiras nascidas em 2020 vivero, em mdia, 6,8 vezes mais ondas de calor e 2,8 vezes mais inundaes e perdas de safra ao longo da vida do que as nascidas em 1960. O dado do relatrioA Primeira Infncia no Centro da Crise Climtica, publicado nesta quinta-feira (5) pelo Ncleo Cincia pela Infncia (NI).
O estudo tem como base informaes do Observatrio de Clima e Sade da Fiocruz (Fundao Oswaldo Cruz), que apontam uma escalada contnua dos eventos naturais extremos no Brasil.Os registros aumentaram de1.779,em 2015, para 6.772, em 2023.A partir desse destaque, a pesquisa revela como o desenvolvimento de crianas com idade at 6 anos impactado no Brasil por essa intensificao da exposio aos riscos causados por eventos naturais extremos decorrentes das mudanas climticas.
Essa faixa etria, que corresponde primeira infncia, representa atualmente 18,1 milhes de pessoas no pas, o equivalente a 8,9% da populao.
De acordo com a pesquisa,essas crianas consequentemente so as mais expostas a impactos na sade, nutrio, oportunidade de aprendizado, o a cuidados, segurana e nutrio.
“Desde o comeo da vida, j esto expostas a ondas de calor, poluio do ar e por a vai, mas o nvel de exposio vai depender de como o mundo caminha em relao a reduzir as emisses de gases do efeito estufa”, alerta acoordenadora do estudo,Mrcia Castro,chefe do Departamento de Sade Global e Populao da Universidade Harvard.
Segundo a pesquisadora, esses impactos da crise climtica em uma fase to delicada do desenvolvimento podem comprometer capacidades fsicas, cognitivas e emocionais por toda a vida e trazer consequncias como maior exposio a doenas, dficit cognitivo e acadmico, instabilidade econmica, insegurana alimentar, perda de moradia e deslocamentos forados.
Vulnerabilidade 543w5e
Os pesquisadores tambm concluram que essa exposio aos riscos climticos ainda agrava situaes de vulnerabilidade.No pas, mais de um tero (37,4%) das crianas de at4 anos viveem situao de insegurana alimentar, sendo que 5% delas apresentam desnutrio crnica, aponta o relatrio.
Essa populao tambm a mais atingida quando ocorre o deslocamento forado pelos extremos climticos, como no Rio Grande do Sul em 2024, quando 580 mil pessoas foram desalojadas e mais de 3.930 crianas de at 5 anos foram deslocadas para abrigos pblicos.
Segundo o relatrio, no Brasil, mais de 4 milhes de pessoas foram desalojadas por eventos climticos extremos entre 2013 e 2023. “As polticas climticas, portanto, precisam integrar a proteo dos direitos das crianas e garantir canais de escuta e participao das famlias e das comunidades nas decises.”, destaca o estudo.
Educao 5y4w19
Os pesquisadores observaram tambm que em 2024, os eventos naturais extremos levaram suspenso de aulas de 1,18 milho de crianas e adolescentes. Apenas no Rio Grande do Sul, foram perdidas 55.749 horas-aula por causa dasenchentes e enxurradas.
“Proteger a primeira infncia diante da emergncia climtica no uma escolha, uma prioridade. Precisamos de polticas pblicas urgentes, baseadas em evidncias, que considerem as desigualdades sociais e coloquem bebs e crianas no centro das estratgias de adaptao e preveno”, destaca a professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (USP), Alicia Matijasevich, que tambm coordenou o estudo.
Recomendaes 1f623r
O relatrio rene recomendaes para o desenvolvimento de polticas climticas centradas nas crianas, como o fortalecimento da ateno primria sade e melhorias nos sistemas de saneamento bsico e oferta de gua potvel,alm do incentivo segurana alimentar e nutricional.
Prticas sustentveis, protocolos para desastres climticos e zonas de resfriamento com reas verdes e sombra em creches e no ambiente escolar tambm so apontados como caminhos a serem seguidos com base no modelo do cuidado integral. “No que a gente possa dizer que toda essa gerao vai ter um comprometimento no desenvolvimento, ter se nada for feito, se no houver medidas mitigatrias, se a gente continuar construindo cidades sem rvores, se as escolas no forem adaptadas, resilientes para a crise climtica”, enfatizaMrcia Castro.
Para a pesquisadora, importante que o compromisso seja de todos,desde os governos em todas as instncias at setores privados e a prpria sociedade pensando em uma gerao e no apenas em alguns anos, ou na durao de um governo. “Todo mundo tem um papel, desde que voc tenha essa viso de longo prazo e de pensar que voc vai estar contribuindo para uma gerao e isso extremamente importante”, conclui Mrcia.
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Meio ambiente vida e no entrave humanidade, afirmam pesquisadores 662i4h
Comunidade Canavial, na Terra Indgena Ipixuna, no Amazonas: povos da floresta integrados natureza (Foto: Thiago Castelano/Divulgao)
Por Milton Almeida, do ATUAL 1jf3a
MANAUS – O meio ambiente vida e no entrave sociedade, afirmam pesquisadores. Segundo os especialistas, a superficialidade nas relaes humanas, a busca de liberdades e direitos individuais e “responsabilidades terceirizadas” tornaram o cuidado com o meio ambiente complexo e superficial. O Dia Mundial do Meio Ambiente, neste 5 de junho, um momento para reflexo, defendem os estudiosos.
“O cuidado com o meio ambiente, esperado em aes simples da vida cotidiana de um indivduo e de uma sociedade, tornou-se complexo. Todos querem praticar seus direitos de usufruir do meio ambiente limpo e saudvel, mas no de cumprir com seus deveres de cuidar do seu espao e dos espaos coletivos”, diz Gislene Zilse, doutora em Cincias Biolgicas e pesquisadora do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia).
Para Marcos Castro, doutor em Geografia Humana e professor da Ufama (Universidade Federal do Amazonas), a viso de “progresso ilimitado” que a pela explorao de recursos naturais “ilimitados e essenciais” para o desenvolvimento de uma nao criaram um “prejuzo” para as florestas, rios e mares.
“Temos uma viso desenvolvimentista e uma viso ambientalista. A explorao dos recursos naturais se deu de uma forma descontrolada, sem uma gesto territorial adequada. Isso gera um negacionismo ambiental e uma confuso entre coisas que se complementam. Por exemplo, a floresta no inimiga do setor agrcola e pecurio, ela um regulador do clima para os plantios. Ento, a floresta uma aliada da agricultura”, diz Castro.
Para os pesquisadores consultados pelo ATUAL, a conscientizao comea pela percepo de que as necessidades individuais so providas pela “rede da vida natural”.
Aumento da temperatura atribuda interveno humana no meio ambiente: calor extremo (Imagem: YouTube)
“Conviver ter conscincia de si, do outro e do ambiente. Sem tal premissa, torna-se improvvel a conscientizao cultural e ambiental e, consequentemente, aes para evitar danos ambientais. preciso que voltemos s origens da natureza humana em sua essncia de se perceber parte do ambiente, parte da sociedade, parte da vida e, assim, sermos estimulados ao cuidado ambiental e social, imprimindo tal prtica nossa cultura. No h o todo sem as partes. No h cuidado cultural com o meio ambiente se no houver cuidado individual com o meio ambiente”, diz Zilse.
“Tudo o que ns precisamos, extramos da natureza. Tudo natureza transformada, desde uma folha de papel, a tinta de uma caneta, a roupa que vestimos, o cho que pisamos, o asfaltamento… tudo natureza transformada. Ento, uma industrializao, consumo, economia desenfreados so danosos sociedade e ao indivduo”, afirma Marcos Castro.
Gislene Zilse alerta que qualquer explorao econmica, para sua prpria execuo e continuidade, deve levar em considerao a limitao dos recursos naturais. Do contrrio, a economia de explorao ilimitada est condenada ao insucesso e tem consequncias dramticas ao ambiente e aos seres humanos.
“No aplicar o conhecimento que j temos acerca da natureza, respeitando seu equilbrio e ciclos naturais e relaes entre as mais diversas formas de vida e os fatores abiticos, tem afligido nosso planeta e todos os seres viventes”, lembra.
Para os especialistas, a participao das escolas, da imprensa e do poder pblico so essenciais no processo de conscientizao da importncia do meio ambiente para o ser humano e podem colaborar para o fim de um “negacionismo” sobre as alteraes no planeta.
“Penso que o termo ‘negacionismo’ no seja adequado para se referir ideia de colocar em dvida a hiptese do aquecimento global e mudanas climticas. preciso lembrar que a cincia se desenvolve a partir de hipteses que so testadas continuamente em busca da verdade, da explicao dos fenmenos naturais a partir da perspectiva e entendimento humano. Desta forma, toda e qualquer afirmao cientfica afeta diretamente a populao. A cincia no pode fazer uso da ‘Janela de Overton ou Janela do Discurso’ (que uma estratgia para mudar ou manipular a opinio pblica) para ter credibilidade e aceitao social”, diz Gislene Zilse.
Para a pesquisadora do Inpa, a cincia exige firme responsabilidade na gerao e interpretao de dados cientficos e considera um instrumento essencial para instruo e educao, e afeta diretamente populao. “Cabe a cada cidado procurar informaes em diferentes fontes a fim de ter sua prpria concluso e poder agir conscientemente”, diz Zilse.
Limpeza de igarap em Manaus: descaso humano com o meio ambiente (Foto: Murilo Rodrigues/ATUAL)
Indiferena com Manaus 2v4gm
Para os pesquisadores, a superficialidade nas relaes e a viso desenvolvimentista esto refletidas em Manaus. Ao mesmo tempo, a indiferena aos problemas que esto diretamente relacionados com o bem-estar da populao parece estar cada vez mais presente na sociedade manauara.
“Manaus, uma das capitais com maior representatividade da beleza e da interdependncia entre os seres do mundo natural, reflete a indiferena do ser humano sua prpria existncia. No caminho, da casa ao trabalho, da escola ou do lazer, conseguiremos detectar, diariamente, a poluio urbana em Manaus. No entanto, igaraps poludos por lixo produzido pelos prprios seres humanos, esgotos a cu aberto, lixo em todo canto uma paisagem que a cada vez mais desapercebida pela populao. como se a poluio j no fosse mais vista e, poluir, tornou-se quase um hbito. Pensa o cidado: todo mundo faz, eu tambm posso fazer”, diz Zilse.
“Temos uma cidade sem bons exemplos ambientais. Matamos os nossos igaraps e hoje no servem para o lazer, o transporte e nem para o consumo. Os igaraps esto mortos. Manaus uma cidade na floresta e a menos arborizada. No temos uma poltica adequada de sistema de drenagem, de esgoto, da captao das guas. O que fazemos? Concretamos tudo e alteramos o clima da cidade e criamos um ambiente inadequado populao. Tudo isso no culpa da natureza. culpa de gesto pblica que no est associada viso de natureza e apresentamos uma cidade rica, mas que, ambientalmente pobre”, endossa Marcos Castro.
Mas pequenas mudanas nos hbitos dirios da populao podem contribuir para um futuro mais sustentvel, acreditam os especialistas. “ preciso pensar que hbitos se criam a partir de pequenas aes. Da mesma forma que se tornou hbito deixar o lixo a cu aberto, possvel reverter ao bom hbito de se responsabilizar pelo seu prprio lixo. Voc tem noo da quantidade de lixo que produz diariamente em casa, no trabalho, na rua, no bairro? Comemorar o Dia do Meio Ambiente um momento de reflexo no apenas coletivo, mas, especialmente, individual. Se o que fazemos contra a natureza nos prejudica certo que o que fazemos a favor tambm nos favorece”, ensina Gislene Zilse.
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Pela primeira vez desde o incio da srie histrica do MapBiomas Alerta, iniciada em 2019, todos os biomas do Brasil registraram, em um mesmo ano, reduo ou estabilidade na rea de desmatamento.
o que aponta a nova edio do Relatrio Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), que ser lanada nesta quarta-feira (15/05/2025). Os dados se referem ao ano de 2024 e indicam um recuo de 32,4% na rea total desmatada em comparao com 2023.
Segundo o levantamento, foram 1.242.079 hectares de vegetao nativa suprimidos no pas no ltimo ano, distribudos em 60.983 alertas validados. o segundo ano consecutivo de reduo no desmatamento no Brasil — em 2023, a queda havia sido de 11% em relao a 2022.
Entre os destaques, o Cerrado manteve a liderana como bioma mais desmatado do pas, com 652.197 hectares, o que representa mais da metade (52,5%) de toda a rea desmatada no pas em 2024. No entanto, o nmero representa uma queda significativa de 40% em relao ao ano anterior. A regio do Matopiba (Maranho, Tocantins, Piau e Bahia) concentrou 75% do desmatamento no Cerrado e cerca de 42% de toda a perda de vegetao nativa no pas.
O Maranho aparece novamente como o estado que mais desmatou em 2024, com 218.298 hectares, seguido pelo Par. Juntos, os dois estados concentram mais de 65% do desmatamento no Brasil. Os municpios com maiores aumentos proporcionais no desmatamento esto no Piau: Canto do Buriti, Jerumenha, Currais e Sebastio Leal.
A Amaznia ficou em segundo lugar, com 377.708 hectares desmatados — o menor nmero da srie histrica do RAD. A regio conhecida como Amacro (Acre, Amazonas e Rondnia) registrou queda pelo segundo ano seguido. Apesar disso, o Acre teve aumento de 30% no desmatamento em 2024.
Na Caatinga, houve 174.511 hectares desmatados, com destaque para o maior alerta individual j registrado pelo MapBiomas Alerta desde 2019: 13.628 hectares desmatados em uma nica propriedade no Piau, em apenas trs meses.
O Pantanal, por sua vez, registrou a maior reduo proporcional de desmatamento: 58,6% a menos do que em 2023. O Pampa e o Cerrado vm na sequncia com quedas de 42,1% e 41,2%, respectivamente. J na Mata Atlntica, o desmatamento se manteve estvel, aps forte queda de quase 60% em 2023. No entanto, eventos climticos extremos no Rio Grande do Sul elevaram as perdas de vegetao nativa no estado em 70%.As formaes savnicas continuaram como as mais desmatadas (52,4% do total), seguidas pelas formaes florestais (43,7%).
Nas Unidades de Conservao, a queda tambm foi expressiva: 42,5% a menos que em 2023, totalizando 57.930 hectares desmatados. A rea de Proteo Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Par, liderou com 6.413 hectares. J nas Terras Indgenas, apenas 33% tiveram registros de desmatamento, com queda de 24% em relao ao ano anterior. A Terra Indgena Porquinhos dos Canela-Apnjekra (MA) liderou com 6.208 hectares, um aumento de 125%.
Gois foi o estado com a maior reduo proporcional no desmatamento: 71% a menos que em 2023. Tambm tiveram redues superiores a 60% o Paran, Esprito Santo e o Distrito Federal.
Apesar dos avanos, o histrico ainda alarmante. Desde 2019, o Brasil perdeu quase 10 milhes de hectares de vegetao nativa — rea equivalente da Coreia do Sul. A agropecuria a responsvel por mais de 97% dessa perda. O garimpo concentrou 99% de sua destruio na Amaznia, enquanto 93% da perda associada a empreendimentos de energia renovvel se concentrou na Caatinga. J o Cerrado respondeu por quase metade do desmatamento ligado expanso urbana em 2024.
Pela primeira vez desde o incio da srie histrica do MapBiomas Alerta, iniciada em 2019, todos os biomas do Brasil registraram, em um mesmo ano, reduo ou estabilidade na rea de desmatamento.
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Segundo o levantamento, foram 1.242.079 hectares de vegetao nativa suprimidos no pas no ltimo ano, distribudos em 60.983 alertas validados. o segundo ano consecutivo de reduo no desmatamento no Brasil — em 2023, a queda havia sido de 11% em relao a 2022.
Entre os destaques, o Cerrado manteve a liderana como bioma mais desmatado do pas, com 652.197 hectares, o que representa mais da metade (52,5%) de toda a rea desmatada no pas em 2024. No entanto, o nmero representa uma queda significativa de 40% em relao ao ano anterior. A regio do Matopiba (Maranho, Tocantins, Piau e Bahia) concentrou 75% do desmatamento no Cerrado e cerca de 42% de toda a perda de vegetao nativa no pas.
O Maranho aparece novamente como o estado que mais desmatou em 2024, com 218.298 hectares, seguido pelo Par. Juntos, os dois estados concentram mais de 65% do desmatamento no Brasil. Os municpios com maiores aumentos proporcionais no desmatamento esto no Piau: Canto do Buriti, Jerumenha, Currais e Sebastio Leal.
A Amaznia ficou em segundo lugar, com 377.708 hectares desmatados — o menor nmero da srie histrica do RAD. A regio conhecida como Amacro (Acre, Amazonas e Rondnia) registrou queda pelo segundo ano seguido. Apesar disso, o Acre teve aumento de 30% no desmatamento em 2024.
Na Caatinga, houve 174.511 hectares desmatados, com destaque para o maior alerta individual j registrado pelo MapBiomas Alerta desde 2019: 13.628 hectares desmatados em uma nica propriedade no Piau, em apenas trs meses.
O Pantanal, por sua vez, registrou a maior reduo proporcional de desmatamento: 58,6% a menos do que em 2023. O Pampa e o Cerrado vm na sequncia com quedas de 42,1% e 41,2%, respectivamente. J na Mata Atlntica, o desmatamento se manteve estvel, aps forte queda de quase 60% em 2023. No entanto, eventos climticos extremos no Rio Grande do Sul elevaram as perdas de vegetao nativa no estado em 70%.As formaes savnicas continuaram como as mais desmatadas (52,4% do total), seguidas pelas formaes florestais (43,7%).
Nas Unidades de Conservao, a queda tambm foi expressiva: 42,5% a menos que em 2023, totalizando 57.930 hectares desmatados. A rea de Proteo Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Par, liderou com 6.413 hectares. J nas Terras Indgenas, apenas 33% tiveram registros de desmatamento, com queda de 24% em relao ao ano anterior. A Terra Indgena Porquinhos dos Canela-Apnjekra (MA) liderou com 6.208 hectares, um aumento de 125%.
Gois foi o estado com a maior reduo proporcional no desmatamento: 71% a menos que em 2023. Tambm tiveram redues superiores a 60% o Paran, Esprito Santo e o Distrito Federal.
Apesar dos avanos, o histrico ainda alarmante. Desde 2019, o Brasil perdeu quase 10 milhes de hectares de vegetao nativa — rea equivalente da Coreia do Sul. A agropecuria a responsvel por mais de 97% dessa perda. O garimpo concentrou 99% de sua destruio na Amaznia, enquanto 93% da perda associada a empreendimentos de energia renovvel se concentrou na Caatinga. J o Cerrado respondeu por quase metade do desmatamento ligado expanso urbana em 2024.
Universidade de So Paulo a melhor avaliada no Brasil em ranking global (Foto: Reproduo/Facebook/USP)
Por Giovanna Castro, do Estado Contedo 663p6v
SO PAULO – As universidades brasileiras tm tido menor destaque em relao a outras ao redor do mundo, mostra a edio deste ano do “Global 2000 list”, ranking mundial organizado pelo Centro de Classificaes Mundiais de Universidades (CWUR). Das 53 instituies de ensino brasileiras que concedem diplomas de graduao, 46 caram de posio em relao ao ranking de 2024, o que corresponde a 87%.
A USP (Universidade de So Paulo), melhor posicionada do Brasil e da Amrica do Sul, caiu uma posio no ranking, ando de 117 em 2024 para 118 em 2025, com declnios nas notas de qualidade da educao, empregabilidade, qualidade do corpo docente e indicadores de pesquisa.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segunda melhor colocada do Pas, escalou 70 posies at a 331 – no ano ado, estava em 401 lugar. A Universidade de Campinas (Unicamp), terceira colocada do Pas, subiu um degrau, de 370 para 369.
Apenas sete universidades do Brasil melhoraram em relao ao ano ado:
– Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): 401 em 2024 e 331 em 2025;
– Universidade de Campinas (Unicamp): 370 em 2024 e 369 em 2025;
– Universidade de Braslia (UnB): 836 em 2024 e 833 em 2025;
– Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS): 1.396 em 2024 e 1.367 em 2025;
– Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR): 1.465 em 2024 e 1.455 em 2025;
– Universidade Federal do Rio Grande (FURG): 1.677 em 2024 e 1 644 em 2025;
– Universidade Federal do Tringulo Mineiro (UFTM): 1.868 em 2024 e 1.836 em 2025.
“O principal fator para o declnio das universidades brasileiras o desempenho na pesquisa, em meio intensificada competio global de instituies bem financiadas”, afirma o CWUR em um release divulgado imprensa brasileira.
As classificaes feitas pelo centro levam em conta a qualidade da educao na instituio de ensino, o nvel de empregabilidade dos seus alunos aps o curso, a qualidade do corpo docente e a relevncia de suas pesquisas.
“Este ano, 21.462 universidades foram classificadas, e aquelas que ficaram no topo compem a Global 2000 list – que inclui instituies de 94 pases”, informa o CWUR.
Universidades brasileiras melhor posicionadas no ranking global 4q74a
1. Universidade de So Paulo (USP), em 118;
2. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 331;
3. Universidade de Campinas (Unicamp), em 369;
4. Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 454;
5. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 476
6. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 497;
7. Universidade Federal de So Paulo (Unifesp), em 617;
8. Fundao Oswaldo Cruz, em 668;
9. Universidade Federal de Santa Catarina, em 727;
10. Universidade Federal do Paran, em 783;
11. Universidade de Braslia (UnB), em 833;
12. Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em 870;
13. Fundao Getulio Vargas (FGV), em 880;
14. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 887;
15. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em 951.
Segundo Nadim Mahassen, presidente do CWUR, o Brasil continua “bem representado entre as melhores universidades do mundo”, com a melhor posio entre as instituies da Amrica do Sul. “No entanto, o que alarmante o deslize das instituies acadmicas da nao devido ao enfraquecimento do desempenho em pesquisa e ao limitado apoio financeiro do governo”, criticou.
“Enquanto vrios pases esto colocando o desenvolvimento da educao e da cincia no alto de sua agenda, o Brasil est lutando para acompanhar o ritmo. Sem um financiamento mais forte e um planejamento estratgico, o Brasil corre o risco de ficar ainda mais para trs no cenrio acadmico global em rpida evoluo”, afirma Mahassen em um release divulgado imprensa brasileira.
O Estadoquestionou o MEC (Ministrio da Educao) a respeito e aguarda resposta.
Quais as 10 principais universidades da Amrica Latina? 503w6o
118 – Universidade de So Paulo (USP);
282 – Universidade Nacional Autnoma do Mxico;
331 – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
369 – Universidade de Campinas (Unicamp);
409 – Universidade de Buenos Aires (UBA);
415 – Pontifcia Universidade Catlica do Chile (PUC-Chile);
453 – Universidade do Chile;
454 – Universidade Estadual Paulista (Unesp);
476 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
497 – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
EUA est na liderana, mas China ameaa 4u5j5o
Pelo dcimo quarto ano consecutivo, Harvard, nos Estados Unidos, a melhor universidade do mundo segundo o ranking. Logo atrs dela esto duas outras instituies privadas norte-americanas: Instituto Tecnolgico de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Stanford.
Os EUA dominam o Top 10 Global, cedendo apenas duas posies para as britnicas Cambridge e Oxford. No entanto, segundo a CWUR, a queda de posies em geral das universidades norte-americanas e uma subida expressiva das chinesas colocam em alerta a posio de liderana absoluta dos Estados Unidos, principalmente em meio a polticas polmicas no campo educacional do presidente Donald Trump.
Recentemente, Trump tentou impedir Harvard de receber estrangeiros – a deciso foi barrada na justia – e cortou investimentos em pesquisas da universidade. Tambm pediu anlise das redes sociais de todos os candidatos a visto estudantil norte-americano, o que suspendeu temporariamente as entrevistas para retirada dos documentos e pode impactar o prximo semestre letivo, com incio em agosto.
Top 10 global 246868
Harvard (EUA): 1 em 2024 e 2025;
Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT (EUA): 2 em 2024 e 2025;
Universidade de Stanford (EUA): 3 em 2024 e 2025;
Cambridge (Reino Unido): 4 em 2024 e 2025;
Oxford (Reino Unido): 5 em 2024 e 2025;
Princeton (EUA): 6 em 2024 e 2025;
Universidade da Pensilvnia (EUA): 7 em 2025 e 8 em 2024;
Columbia (EUA): 8 em 2025 e 7 em 2024;
Yale (EUA): 9 em 2024 e 2025;
Universidade de Chicago (EUA): 10 em 2025 e 11 em 2024.
A expectativa de que a China continue escalando em qualidade de ensino e pesquisa, aproximando-se cada vez mais das universidades norte-americanas e europeias. Do total de instituies chinesas no ranking, 98% tiveram subida de posio em relao a 2024. A melhor colocada a Universidade Tsinghua, na 37 posio, ante 43 no ano ado.
“Em um momento em que as universidades chinesas esto colhendo os frutos de anos de generoso e financeiro de seu governo, as instituies americanas esto lidando com cortes no financiamento federal e disputas sobre a liberdade acadmica e a liberdade de expresso”, diz Mahassen.
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