Bolsonaro e apoiadora no Cear Foto: Reproduo/Instagram
Uma apoiadora do Nordeste tatuou a de Jair Bolsonaro (PL) em seu brao. A arte foi feita com base na escrita do prprio ex-presidente durante sua agem por Fortaleza na semana ada.
Ana Moreno, que nas redes sociais se apresenta como ativista poltica, crist, olavista e antifeminista, declarou que o dia em que fez a tatuagem era o seu dia “menos bolsonarista”.
– Bastou um homem, com coragem no peito e f inabalvel, declarar diante do mundo que Deus est acima de todos, para que o inferno inteiro se agitasse em fria – disse Ana sobre o lder conservador.
– Os poderes das trevas se levantaram, as mscaras caram, e os que viviam na sombra mostraram os dentes. Porque nada incomoda mais o reino das trevas do que a luz de algum que ousa exaltar o nome do Altssimo sem medo, sem vergonha e sem se curvar diante dos homens – continuou, em uma publicao no Instagram.
No post, Ana compartilhou um vdeo do momento em que Bolsonaro assina em seu brao. O poltico chega a duvidar que a jovem faria mesmo a tatuagem.
– “Voc no tem coragem”. “Tenho sim”. “Duvido”. Capito, carregar sua uma honra, a de que mesmo diante de tantos atentados at mesmo contra sua vida, no desistiu do nosso pas, que mesmo debilitado, no recuou. Voc exemplo pra nao, nosso capito, te esperamos em 2026! Obrigada, Riallison Silva – tatuador – por eternizar esse momento – escreveu.
Lder do PL na Cmara critica a "covardia de alguns e abuso de outros"
Sstenes Cavalcante e Alexandre de Moraes Foto: Bruno Spada/Cmara dos Deputados; Foto: Antonio Augusto/STF
O lder do Partido Liberal na Cmara dos Deputados, Sstenes Cavalcante (RJ), usou suas redes sociais neste domingo (8) para fazer um desabafo sobre a subservincia do Congresso Nacional diante dos desmandos praticados por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sstenes relatou que existe “um poder que rasga a Constituio com caneta e toga” enquanto o Congresso Nacional, que “foi eleito para representar o povo”, “parece ajoelhado, mudo, imvel, irrelevante” em razo da “covardia de alguns e abuso de outros”.
O parlamentar, ao fazer tais denncias, revela sentir um “n na garganta porque verdade e porque di”.
– Sinto um n na garganta ao escrever isso. Porque verdade. E porque di. O Congresso Nacional foi eleito para representar o povo, mas h dias em que parece ajoelhado — mudo, imvel, irrelevante — diante de um poder que rasga a Constituio com caneta e toga. A funo de legislar est sendo sequestrada. No por incapacidade, mas por covardia de alguns e abuso de outros.
Em seguida, o deputado declarou que um “avano autoritrio” est se consolidando no Brasil e se estabelecendo sobre “cada silncio diante de um abuso”.
– A cada silncio diante de um abuso, a democracia sangra. A cada omisso do Parlamento, um novo avano autoritrio se consolida. Fomos eleitos para lutar, mas muitos preferem o conforto da omisso. E quando quem deveria ser a voz da liberdade se cala, o povo vira refm da tirania.
Sstenes voltou a defender a autoridade do Congresso, que classificou como “o ltimo flego da democracia brasileira”.
– No apenas sobre leis. sobre honra, dever, coragem. Preservar a autoridade do Congresso preservar o ltimo flego da democracia brasileira. Se essa Casa se acovarda, a Nao grita por socorro. E eu — por mais alto que custe — no ficarei em silncio. No traio o povo. No entrego minha bandeira. E no aceito viver em um pas onde o medo legisla no lugar da verdade.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Lus Roberto Barroso, defendeu neste sbado (7) a mudana do atual sistema eleitoral para o modelo de voto distrital misto. Para ele, o pas est “mais do que maduro” para, pulando uma eleio, fazer a troca.
Ao apontar as vantagens do voto distrital misto em discurso no Frum Esfera, que acontece em Guaruj, litoral paulista, Barroso disse que esse sistema permite ao eleitor saber qual o parlamentar que representa o seu distrito, assim como desestimula a fragmentao partidria.
O mistro lembrou que defende a substituio do sistema desde 2006, quando escreveu um trabalho a favor da implantao do voto distrital misto oito anos frente, o que, pontuou, evitaria o processo de impeachment da ex-presidente da Repblica Dilma Rousseff (PT).
Antes de Barroso, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, j tinha feito, durante o Frum Esfera, uma defesa pelo voto distrital misto como uma forma de qualificar o poder legislativo.
Barroso lembrou que Kassab o visitou quando ele assumiu a presidncia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020. O tema, contou o ministro do Supremo, foi discutido entre ambos, mas Kassab recomendou esperar o impacto da clusula de barreira e da proibio da coligaes em eleies proporcionais.
– Pois agora o pas est mais do que maduro para mudar o sistema eleitoral. Temos um dos piores sistemas eleitorais do mundo na eleio para Cmara dos Deputados – declarou Barroso.
Para o ministro, o modelo atual, de voto proporcional em lista aberta, caro, tem baixa representatividade e no facilita a governabilidade.
Hoje, ressaltou Barroso, o eleitor vota em quem quer, mas no sabe quem ele elege, uma vez que o voto vai para o partido – so os mais votados do partido que entram no Legislativo. Menos de 5% dos deputados, observou o presidente do STF, so eleitos com votao prpria.
– Temos um sistema em que o parlamentar no sabe por quem ele foi eleito e o eleitor no sabe quem colocou l. Um no tem de quem cobrar, o outro no tem a quem prestar contas – disse.
O atual governador do DF, Ibaneis Rocha, aparece em segundo
Michelle Bolsonaro Foto: Divulgao/Partido Liberal
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) lidera a disputa pelo Senado no Distrito Federal (DF) em 2026, com 42,8% das intenes de voto, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (9), pelo instituto Paran Pesquisas. Em seguida, o atual governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), aparece com 36,5%.
Ainda neste cenrio, a senadora Leila Barros (PDT-DF) aparece com 29,7% das intenes de voto, seguida pelas deputadas federais Erika Kokay (PT-DF), com 24%, e Bia Kicis (PL-DF), com 18,3%. A vice-presidente do PT no DF, Rosilene Corra, tem 6,5%. Votos em branco ou nulo somam 7,6%, enquanto 4,3% dos entrevistados no souberam ou no opinaram.
Em um segundo cenrio, sem Michelle Bolsonaro, Ibaneis Rocha e o deputado federal Fred Linhares (Republicanos-DF) aparecem tecnicamente empatados, com 35,3% e 36% das intenes de voto, respectivamente. A diferena entre eles est dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,6 pontos porcentuais.
Na sequncia, esto Leila Barros (26,7%), Erika Kokay (21,7%), Bia Kicis (17,1%), o senador Izalci Lucas (PL-DF), com 16%, e Rosilene Corra, com 5,3%. Votos em branco ou nulo somam 7,5%, enquanto 4,6% no souberam ou no opinaram.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL A pesquisa tambm simulou os cenrios para eleies para governador distrital. A vice-governadora do DF, Celina Leo (PP), lidera, com 31,1% da intenes de voto. Na sequncia, esto o deputado Fred Linhares, com 21,5%, o ex-governador Jos Roberto Arruda (PL), que aparece com 15,3%, e Leandro Grass (PV), presidente do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, com 8,4%.
Em um segundo cenrio, Celina aparece com 34,4%, frente de Fred Linhares, que registra 26%. Leandro Grass tem 8,9% e Izalci Lucas, 7,2%. A deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) aparece com 5,3% e Ricardo Cappelli (PSB), presidente da Agncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial, com 5,1%. Os que no souberam ou no opinaram somam 4,4%, enquanto votos em branco ou nulo totalizam 8,7%.
Em um terceiro cenrio, Celina Leo tem 42,8% das intenes de voto. Izalci Lucas tem 9,9%, Leandro Grass, 9,8%, seguido pelo deputado distrital Eduardo Pedrosa (Unio), com 6,7%; Paula Belmonte, com 6,3%; e Ricardo Cappelli, com 5,5%. Os que no opinaram somam 6%, e votos em branco ou nulos chegam a 12,9%.
O presidente Luiz Incio Lula da Silva , em seu terceiro mandato, somente uma “sombra melanclica” do que j foi, segundo avaliao do jornal O Estado de S. Paulo. Em editorial intitulado O Crepsculo do Demiurgo, o jornal aponta, com base em pesquisas de opinio recentes, que o petista j no consegue mais enfeitiar os eleitores com sua “parolagem” e est vulnervel na disputa eleitoral at mesmo frente a nomes de menor musculatura poltica.
– Por mais competente que Lula seja como encantador de serpentes e de eleitores, no foi possvel minimizar o impacto da sondagem da Genial/Quaest divulgada nos ltimos dias. No s porque Lula aparece como desaprovado por 57% dos entrevistados, o pior nvel desde o incio de seu mandato, como comea a ter dificuldades para liderar a corrida eleitoral na hiptese de concorrer reeleio. Como mostrou o levantamento, o petista hoje empata at mesmo com nomes de menor musculatura eleitoral, como os governadores do Paran, Ratinho Junior (PSD), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e como a novata Michelle Bolsonaro (PL) – observa o jornal.
Para o veculo de imprensa, o chefe do Executivo, que se encontra na vida pblica desde o fim dos anos 80, “est em seu crepsculo”, no apenas devido idade, mas tambm pela sua falta de xito em ludibriar os brasileiros.
O editorial observa que, entre a ltima pesquisa da Quaest e a nova, se aram dois meses em que o lder do Planalto anunciou uma srie de benefcios “clssicos da cartilha populista do lulopetismo”, e mesmo assim no foi capaz de reverter sua queda de aprovao.
– Obcecado com a impopularidade, inconformado com a desaprovao e ansioso com as eleies do ano que vem, o presidente Lula anunciou no perodo uma leva de benefcios, entre os quais isenes para motoristas de aplicativos, linha de crdito para reforma de casas do programa Minha Casa Minha Vida, o novo vale-gs, o projeto que isenta de IR quem ganha at R$ 5 mil e outras medidas clssicas da cartilha populista do lulopetismo. Nesses dois meses, Lula tambm no parou de falar, em geral com um triunfalismo totalmente dissociado da realidade, apostando na mitologia que foi criada em torno de suas qualidades como animador de comcios. (…) Os mtodos do ex-lder sindical, no entanto, se mostram cada vez menos eficazes – adicionou o peridico.
O texto tambm observou que, associada falta de persuaso, esto escndalos como o do roubo de aposentados e pensionistas do INSS, que contribuem para a insatisfao da populao.
– Para quem se considera enviado de Deus para levar gua ao serto, deve ser uma frustrao e tanto – ponderou o Estado.