Coluna Meio Ambiente : Poluio: no Brasil, aves esto fazendo ninhos com resduos plsticos
Enviado por alexandre em 27/03/2025 10:59:57

Poluio: no Brasil, aves esto fazendo ninhos com resduos plsticos
Foto: Rdio EBC r2l61

Comportamento foi estudado em pesquisa da UFPA

Pesquisa da Universidade Federal do Par (UFPA) mostra que o japu-preto, uma ave que vive no litoral do Par, ou a usar fibras e cordas de plstico provenientes da poluio para fazer seus ninhos.

Em entrevista ao programa Tarde Nacional, da Rdio Nacional da Amaznia, nesta segunda-feira (24), a mestre em oceanografia e pesquisadora da Universidade Federal do Par (UFPA), Adrielle Caroline Lopes, explicou que o animal acaba sendo um bioindicador de poluio no ambiente, demonstrando um excesso de resduos na regio.

“O estudo foi iniciado em 2022, na regio costeira do Par, a partir da observao dos ninhos do japu-preto que estavam ficando com uma colorao azul, proveniente de material de pesca, como fibras e cordas de plstico, principalmente deixadas na regio de manguezal”, detalha a pesquisadora. De acordo com a pesquisa, 97% dos ninhos dessa espcie na regio so feitos com o material descartado.

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Adrielle Lopes adianta que o estudo dever ter nova fase, para entender os impactos da toxidade desse plstico nos pssaros e seus filhotes. Mas ela acredita que pode haver desde intoxicao at distrbios hormonais que impactem em todo o ecossistema.

“So diversos os impactos tanto para as aves quanto para os seus filhotes, porque esse plstico pode afetar diretamente na alimentao, reproduo e at na sobrevivncia dessas espcies, alm de comprometer a qualidade e a segurana desses ninhos, podendo influenciar diretamente na sobrevivncia dos filhotes e das aves adultas, atravs do emaranhamento nessas substncias ou at engolindo esse plstico, provocando impactos enormes ao ecossistema”, advertiu a mestre em oceanografia.

A pesquisadora da Universidade Federal do Par disse que em um manguezal no estado do Maranho encontrou um caranguejo envolvido em um emaranhado de plstico, sem condio de se livrar das amarras.

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“Por sorte eu consegui livr-lo. O plstico realmente mata e temos que ter polticas pblicas para saber como lidar melhor com essa poluio e tentar diminuir o impacto desses poluentes nessas espcies e no ecossistema como um todo”, avalia a pesquisadora.

Fonte: Agncia Brasil

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